sábado, 3 de outubro de 2009

Comemorando em vão



Cliquem pra ampliar, rs.
Primeira tirinha que eu mesmo fiz que eu publico aqui no blog.
Afinal, vcs estão felizes com o Brasil sediando as olimpiadas e a copa do mundo?
ESTÃO FELIZES ATOA!!! HAHAHA
Beijos.

domingo, 13 de setembro de 2009

Aquele do dedo quebrado

“ESTOU LIVRE!”, eu disse logo ao sair do hospital, segundos após retirar a tala e faixa que envolvia meu dedo ex-quebrado. Olhei pra minha mãe, e com empolgação eu disse: “YEAH! Agora posso voltar a fazer natação, tocar piano, fazer sexo e chapinha!”
E minha mãe, com um olhar assustado, perguntou hesitante:
“Chapinha, filho? Você faz chapinha?”
[...]

Minha mãe é fods... o que importa o fato de eu não fazer mais natação e nunca ter tocado piano antes? Quer dizer que sexo tudo bem... MAS CHAPINHA NÃÃÃO! Ninfomaníaco sim... gay não!

Essa foi a introdução pro meu post que fala sobre a época que vivi com nove dedos. É um mega post inútil, fato, mas a gente vê tanta coisa inútil na internet, principalmente no twitter (“vou ao banheiro” ... “voltei do banheiro”), então nem me importo com tamanha inutilidade.
Além do mais, meu blog ta abandonado. Faz tempo que não escrevo nada nesse espaço verde e aleatório, então vamos saber um pouco de como é viver com um dedo a menos! =D
Em resumo: UM PORRE!
E eu poderia terminar aqui o post. Mas vou continuar, porque quero prestar minhas queixas à Dani, que conseguia encontrar motivo em tudo que é possível para me lembrar que eu tinha um dedo a menos! ‘-‘ Né, Dani? ò_ó “O que você ta falando, Pozzee, você tem nove dedos!”.
“@_pozzi: @daanisc vc vai ver o que meus nove dedos + um porrete podem fazer! #robsoncaetano”
Ah, e já que eu to em um momento revoltado do post, vou xingar a Diana também, que na única aula que eu não tinha a Ruvis pra me ajudar, guardou meu caderno na mala de qualquer jeito e reclamando sem parar! ¬¬ “como a Ruvila agüenta isso, mimimi, eu já tinha mandado você pro inferno”. Diana, vá-te a merda! u_u
Ahhh, Ruvis, amor da minha vida, é claro que eu tenho que te agradecer, eu seria um nada sem você, ignore todos aqueles que cantavam “lerê lerê” enquanto você amarrava meu cadarço! *-*


Mas voltando à minha vida com um dedo quebrado. Sim, era uma merda, muito merda! Eu sei que você vai pensar “tem gente que não tem as duas mãos e nem por isso ta escrevendo um post reclamando da vida cheio de mimimi” (e se o danilo alguém falar nos comentários que só não escreve porque não tem mãos apanha do biel moralista), mas dane-se, nem eu sabia que você se torna quase um vegetal com uma mão parada! =/
A maior sensação era de que eu tinha quatro anos de novo, tendo que minha mãe amarrar meu cadarço de manhã e cortar meu bife na janta ¬¬ e a pior parte, de longe, era tomar banho com uma sacola na mão. Como isso me dava raiva. Fora o fato de não poder tocar violão! Chegar de noite e ver o meu violãozinho, preto e lindo, paradinho, olhando pra mim, e não poder nem ao menos tocar nele... que pecado! Não podia jogar videogame (só o trauma center no ds), não podia dirigir kart, não podia jogar o jogo do “ai”. Foram quinze dias tensos.
Mas por fim acabaram, e como eu acho que ninguém tem saco pra ler um texto tão grande, melhor eu parar por aqui. Obrigado a todo mundo que me ajudou no momento incapacitado (haushaus) e até mesmo a todos que fizeram piadinhas, porque se não fossem elas não seria nem um pouco divertido (não é mesmo, Julia? que tentou iniciar uma espécie de ‘adoleta’ comigo!).

Minha maior lamentação foi ter quebrado o dedo na aula Schuazi e ele não ter me carregado! Ç_ç
Triste!

(texto escrito de qualquer jeito mesmo, só pra registro =D Gabee e Dandan, amovcs, já que não falei o nome de vocês no post ahushausha)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Rastro de luz

Poderia ser uma estrela qualquer, quiçá apenas um avião muito bem iluminado, mas por algum motivo eu colocara em minha cabeça que aquele objeto brilhante que cruzava o céu era um cometa. Nunca entendi muito de ciência, eu confesso, quão menos costumo me atualizar com as notícias que passam pela televisão, portanto não tinha certeza se estava presenciando um fenômeno raro e milenar aguardado há muito por tantos. Mas o fato é que havia algo incomum se locomovendo no céu, e minha teimosia afirmava: era um cometa!
Senti a necessidade de compartilhar aquele momento com alguém, evitando assim ser dotado de louco caso contasse em um futuro que havia visto um cometa. Aquela praça sempre me trouxe uma amarga sensação de solidão, mas naquele dia assentia da presença não somente minha, mas também de um rapaz de pose curvada e expressão vazia em seu rosto. Caminhei com uma certa velocidade até ele, sem tirar os olhos do objeto, que lentamente fazia seu percurso pelo céu.
– Veja! Veja! – Gritei com demasiada empolgação – No céu, veja!
O rapaz ergueu sua cabeça em minha direção, e não naquela em que meu dedo apontava com agitação, e com uma voz rouca disse:
– Desculpe senhor. Eu não posso ver. Sou deficiente visual.
Tirei minha atenção do possível cometa pela primeira vez. Olhei o rapaz com cuidado. Embora vazia, sua expressão não era triste, era um jovem elegante, muito pálido e magro. Seus olhos repousavam sobre mim, como se me diagnosticasse, embora o rapaz afirmasse não enxergar.
– Perdão. – Respondi hesitante. Para ser sincero, não sabia exatamente o que dizer, optei pelo que julguei ético, e voltei minha atenção ao suposto cometa, que preparava-se para sumir por trás de um arranha-céu.
– Com licença, senhor. – Ouvi a voz rouca dizer por trás de mim – Apenas por uma questão de curiosidade... poderia saber o que se há de importante para ser visto?
Voltei ao rapaz. Ainda tinha seus olhos sobre mim, e um sorriso reforçava sua expressão, que transmitia simpatia.
– Eu não tenho certeza. Acredito que seja um cometa viajando pelo céu. Um pouco lento, é verdade, mas não pode ser um avião, eu saberia se fosse, e como eu não acredito em ufologia, não me resta muita opção...
O rapaz riu, como se eu tivesse contado uma piada. Não me incomodei, pelo contrário, senti que de certo modo o diverti naquela noite entediante. Admirei-o com uma estranha curiosidade.
– Pois bem... – Disse ele, ao conter o riso – Se vês um cometa... que faças um pedido! – E abriu seu maior sorriso, eliminando o antigo vazio que ocupava aquela face.
Sorri junto, e ocupei-me de olhar para o céu, onde notei que estava prestes a perder de vista o fenômeno, que por pouco não se escondia definitivamente atrás do grande prédio.
“Ela... irá... me... desejar!”, pensei em uma fração de segundos, enquanto o brilho finalmente saía de meu campo de visão, deixando o vazio da noite ocupar o céu. Admirei a paisagem negra, tal como o silêncio que se fez após a partida do cometa. Permaneci imóvel, sentindo-me privilegiado e envolvido por uma aura – que diria com ousadia – mágica. Interrompeu o silêncio então aquele rapaz:
– Desejando alguém? – Perguntou ele.
– Que alguém me deseje. – Corrigi, sem saber exatamente por que o fiz.
– Foi o que eu disse, naturalmente.
O jovem se levantou do banco, tateou-me na altura dos ombros, e sorriu novamente para mim, balançando a cabeça como em sinal de despedida. Virou-se e partiu pelo caminho de terra que se formava por entre a grama baixa da praça, o corpo curvado ainda.
– Hey! – Gritei, interrompendo seu caminhar – Posso fazer uma pergunta? – Eu disse, hesitante. Ele, sem se virar para minha direção, sinalizou com a mão para que eu prosseguisse. – Como sabia sobre o que tratava meu pedido?
E após um curto intervalo de espera, respondeu:
– Apenas uma sugestão, senhor. Tão somente um palpite.
E ele partiu. Sabia eu, naquele instante, que jamais descobriria como um jovem cego caminhava por entre uma praça sem o uso de quaisquer guia, e jamais saberia se presenciei a passagem de um autêntico cometa pelo negro céu daquela noite. E ambos partiram, tornando vazio o semblante daquela praça muda que insistia em me trazer uma doce sensação de solidão.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mudo

– POR QUÊ? – Gritei o mais alto que pude em direção ao céu; nuvens negras e pesadas desenhavam o teto celestial agressivo que me encarava. Pude sentir as veias pulsando em minha garganta, tão vibrantes quanto o relâmpago que cruzava a paisagem cética e mórbida a meus olhos. Dei mais três ou quatro passos nervosos para frente, o olhar fulminante ainda voltado ao céu negro, e utilizando de minha voz falha, tentei novamente: – POR QUÊ?
Não obtive resposta. Quão menos o estrondo de um trovão surgiu desta vez para assistir a meu semblante de luto. Já devia ter me acostumado; uma vez mais, estava sendo ignorado.

[Arte Do Album] 02 - Drive

domingo, 5 de julho de 2009

Like ones and twos and threes and fours!

AHÁ! =D
Vim aqui por SETE motivos:

- Primeiro para anunciar oficialmente que minha internet voltou. Sim!! \o/ Até soltaria fogos para comemorar, se não fosse o fato que não agüento mais ouvir rojões desde que o curintia ganhou a copa na quarta, e de repente me senti em plena guerra do Vietnã. Poderia soltar “biribinhas”, se não tivesse gasto todas em cima do meu primo. Por fim, aquelas bombas caseiras não seriam uma má idéia, mas lembrei que gastei as bombas em um certo banheiro! oO Então, fica aqui o meu uhul feliz: UHUL :D!

- Segundo para garantir a vocês: Vida sem internet é uma bosta! Só quem já ficou sem internet sabe da dor que senti. Tirando os dias que saí de casa para fazer um bolo de limão, comer cereal da Hanna Montana e assistir um anime aleatório, fui condenado a passar tardes no meu quarto trancado, ouvindo meu best of do Radiohead, entoando junto com o Thom Delícia o refrão “but I’m a Creep”, enquanto fitava com raiva meu computador desligado, xingando mentalmente a mãe de todos funcionários da telefônica (se o seu pai é funcionário da telefônica, peço perdão desde agora por ter xingado sua vó).

- Terceiro para agradecer os elogios do Flit. Bom, fiquei sem internet desde aquele dia e não pude fazer um “agradecimento oficial”, então aqui está: Obrigadoooo a todos que assistiram (com muita paciência porque demorou pacas), a todos os atores que dividiram a coxia comigo (dentre eles só o Danilo vai ler isso, mas enfim), a todos que me elogiaram e gostaram da parte da peça que escrevi, do mágico de Oz. Vocês não podem imaginar a felicidade que me vinha a cada coisinha que me falavam! Vocês que são demais! Obrigado papai do céu que me fez decorar todo aquele bando de fala do machado em dois dias! =P

- Quarto: esse é especial para xingar o Speedy, a Telefônica, e todos os comparsas dumal que me tiraram a internet duas vezes! Quero que todos vão para a pqp! u_u

- Quinto para dizer, MEU, SHOW DO THE KOOKS BOM DEMAAAAIS! O Luke exorbita no palco, o Paul é O bateirista, e o Hugh é muito feio, mas toca muito! *-* Uma garota histérica atrás de mim me deixou surdo do ouvido esquerdo. Foi de propósito, eu sei... só porque eu estava na GRADE e ela não! MUAHMUAH

- Sexto para mandar um beijo para todos! E isso prova que eu não tenho mais o que escrever! =D

- Ah sim, em sétimo e último lugar, deixo um gráfico que encontrei em um blog aleatório, muito plausível e coerente com o momento:


*O primeiro post que existe por sete motivos e mesmo assim não tem utilidade alguma!
** Título aleatório como o post. Trecho de "Time Awaits" - kooooks! *-*

terça-feira, 30 de junho de 2009

Querubim

Avistei aquela estranha criatura e permaneci imóvel, inexpressivo, enquanto lentamente ela se aproximava de mim. Suas asas refletiram um brilho intenso em meu rosto, luz provinda de lugar-algum. Pequeno e de aparência pueril, apontou seu dedo indicador gordo para mim, e riu. Por uma duração de aproximados dois minutos, ele riu. Permaneci imóvel, inexpressivo. Por fim, disse com sua voz debochada de criança:
– Você não nasceu para o amor!
E deu de costas para mim. Partiu para lugar-algum, rindo. Permaneci imóvel e inexpressivo. Mas não pude evitar de sentir uma lágrima quente e ardida escorrer por meu rosto. Queimou-me em seu trajeto, e terminou em meus lábios, que frios como o gelo, sentiram o gosto da derrota.

[Arte do Album] 01 - Heaven

Vou começar a divulgar aqui meus trabalhos de design para capas de albuns de cd's!
Não me perguntem o que é "mtg", é só uma sigla aleatória que coloquei para representar o nome da banda! =P
Um beijo pra todos! =D

terça-feira, 16 de junho de 2009

Com a pseudo-revelação

Mas diga sinceramente... você ainda sente algo por ela, não é mesmo?

– Não é verdade...

Alice inclinou a cabeça e me encarou com um olhar que gritava claramente um “eu não acredito em você”. Dei de ombros, já fazia um bom tempo que não me levavam a sério quando falávamos sobre isso.

– Você não está sendo sincero! – Continuou ela, que tentava demonstrar segurança em seu julgamento, como se isto bastasse para funcionar como uma verdade absoluta – Clark, você a amou por todo esse tempo, só não quer falar que ainda gosta dela por orgulho, para mostrar uma pseudo força, e dizer que conseguiu esquecê-la!

Percebi então que nada a calaria, exceto se eu levasse à discussão argumentos para mudar sua opinião. Por um momento pensei em simplesmente exclamar um “você está certa” e partir para a lanchonete mais próxima, meu estômago clamava por comida. Mas resolvi valorizar a opinião dela, e dessa forma lutar para que ela mudasse sua postura. Ela não estava exatamente errada, devo confessar que não é fácil extinguir o amor não correspondido que sente por alguém. Mas eu estava lutando contra isso, e se pouco me engano sobre mim, estava conseguindo vencer. Coloquei as mãos no bolso como um hábito meu, encarei as árvores ao meu redor, passeei o olhar pelo céu, e os recaí sobre a face pálida e bela de Alice, que mantinha sua postura séria e intimidadora, encarando-me com as mãos na cintura.

– Bom... – Foi como comecei minha fala, tal expressão parecia me ajudar a decodificar e dizer o que penso da melhor forma possível – Procurei por todo esse tempo uma alternativa para esquecê-la... E descobri que a cura para um amor não correspondido é um novo amor. Se for isso que deseja que eu diga, tudo certo, eu digo que ainda sinto algo por ela. Mas agora creio estar conseguindo amar outra pessoa, e por isso posso afirmar que estou a esquecendo. Assim me sinto bem.

As palavras não foram disparadas como um turbilhão de pensamentos, pelo contrário, havia conseguido falar com calma e coerência, e Alice parecia espantada com minha resposta um tanto racional. Na verdade, até eu me encontrava assustado com o que falara. Ela pediu sinceridade e recebeu a minha mais franca resposta.

– Uau. – Exclamou ela, enquanto esfregava uma mão na outra, olhando para seu próprio pé, possivelmente formulando a continuação de sua expressiva reação monossilábica – Então... eu poderia saber quem é a pessoa que está amando?

Confesso que esperei – em poucos segundos – diversos tipos de reação que ela poderia ter, que variavam desde discursos moralistas a um abraço para provar que me apoiava. No entanto, isso eu não esperava. Recuei dois passos, como se a pergunta tivesse uma força de repulsão sobre mim.

– Mas Alice... eu... nossa, eu.. Alice!

Eu tinha a consciência que soltava palavras sem nexo, e minha voz hesitava. Alice riu prazerosamente, parecia que aguardava um momento de vulnerabilidade minha desde o início de nossa conversa.

– Clark, você é meu amigo há muito tempo, sabe que pode confiar em mim! Vá logo, me conta! Quem anda tomando posse de seus pensamentos e de seu coraçãozinho fofo agora, hein? – Disse ela, com uma malvadeza pueril que só se pode encontrar na Alice.

Olhei para os dois lados, e prendi minha atenção a um pássaro que se atirava dentre os galhos de uma pequena árvore. Talvez eu não tenha uma explicação coerente e plausível para isso, mas naquele instante ele me ajudou a encontrar em minha cabeça uma resposta sagaz, que muito bem servia como uma válvula de escape.

– Você, Alice! Estou conseguindo esquecê-la porque estou me apaixonando por você agora. – Eu disse, com a expressão mais séria que pude explorar em minha face.

– Oh.

Alice empalideceu. A garota, muito branca já de natureza, lembrava agora o branco do gelo encontrado no pólo norte. Percebi também que não respirava, e seus olhos - mais abertos que os de costume - encaravam meu rosto. Embora a relatividade do tempo não me permita ser preciso agora, imagino que se passaram uns dez segundos onde me contive friamente para não rir daquele semblante espantado dela. Mas não resisti, e me desmanchei em risos, rindo alto.

– Essa foi boa, confessa? – Eu disse entre os risos, apoiando-me no ombro de Alice, enquanto inclinava minha cabeça para rir.

Aos poucos a respiração de Alice voltava. Junto com ela, poucas risadas sem graça vinham, enquanto a garota começava a tentar esboçar as primeiras palavras após o choque.

– Mas você, hein? – Disse ela pausadamente, balançando a cabeça em sinal de negação, apontando o dedo para meu rosto – Assim, você me mata!

– Foi uma brincadeira, Alice, uma inocente brincadeira. – Conclui, dando três ou quatro passos para trás. – Bom, tentarei evitar morrer de fome agora, vou me alimentar de algo! A gente se encontra mais tarde?

Ela demorou para responder. Ainda não havia se recuperado totalmente da brincadeira.

– Ah, claro. Eu te procuro no jardim.

E com um aceno me despedi dela. Alice continuou parada dentre as árvores, e não parecia disposta a se mexer. Pensei se não havia exagerado na brincadeira, se de repente aquilo ia contra as leis morais de relacionamentos. “Não, foi a melhor saída, ela jamais poderia saber de quem gosto!” - tentei me convencer.

Mas naquele dia mal conseguia dormir. Com o rosto colado no travesseiro, apenas me passava na cabeça que Alice sentia-se frustrada por algum motivo. Que seu sorriso sem graça seria apenas o fruto da decepção de uma brincadeira que poderia ser verdade.

“Ah, que tal calar esses pensamentos, seu megalomaníaco?”, briguei comigo. E por fim, fui derrotado pelo sono.

domingo, 7 de junho de 2009

Encontrei por aí... [2]


"E depois dessa rodada... Strip Poker! =D"

domingo, 24 de maio de 2009

Cartazes na rua! '-'

Campanha:

"LARGUEM AS COISAS TENSAS EM CAIEIRAS"

e deixem o biel em paz! ._.

T_T

sábado, 16 de maio de 2009

Agradecimentos do WLGD! =]

Enfim, acabou. Por um pouco mais de dois meses, vocês viram meu blog com uma aparência diferente e com posts de carga depressiva e poética. Quem me conhece sabe bem, não escrevi “when light goes down” para me promover, sem intenções de que se tenha sido palavras bonitas nulas para dizerem que escrevo bem. Não. Escrevi wlgd por uma necessidade, talvez não tão fácil de ser compreendida, mas se apropriando de um clichê, daquela necessidade de exprimir a onda de sentimentos que pulsavam em meu interior.
Mas garanto que eu mesmo me perdi na funcionalidade dos textos. Eu mesmo me perguntava com quais objetivos os publicava. Havia vezes que afirmava ser um texto direcionado a ninguém, para pessoa alguma ler, mas em certos períodos tudo que eu gostaria era que alguém o lesse. E se eu sabia que nada iria mudar, por que continuar escrevendo? Faço poemas que não são publicados, e eles suprem minha necessidade de escrita, então, para que textos simbolistas feitos à publicação? Eram quase questões existencialistas, e a qualquer momento eu estava disposto a desistir de “when light goes down”. Mas sabia que havia gente que acompanhava os textos, e embora não gostavam do meu blog (e de mim) depressivo, ao menos diziam gostar dos textos. Como uma música triste e depressiva, ninguém gosta de estar dessa maneira, mas se é para estar, que seja embalada por uma triste melodia que lhe traz um certo prazer melancólico dentro desta desconfortável situação.


E para quem leu meus textos por este período, dedico isso tudo. Agradeço e dedico para amigos como a Gabee, que em momento algum saiu do meu lado, sempre se esforçando para fazer o máximo por mim, arriscando perder coisas apenas para me fazer bem, ou tentar me ajudar em determinada situação. Gabee, você é de valor incontável para mim. Ao Danilo, que sempre leu meus textos atenciosamente, e dispunha de seu tempo para “analisá-los” e discuti-los comigo no msn, sempre com palavras / opiniões sensatas e sinceras, que me acalmavam e me ajudavam em qualquer ocasião. À Julia, que chegou com as palavras certas, no momento certo (não, eu não esqueci aquele almoço seu perdido para conversar comigo, viu?). Tati, minha pequena altruísta, meu agradecimento sincero também por essa pessoa que se importa tanto com os outros, das quais tenho a sorte de dizer que me incluo. Ao Belcha, que embora tenha aparecido para os capítulos finais, mostrou sua vontade imensa de ajudar, sentiu dores por mim, meu agradecimento mais sincero. Henrique, valores não são perdidos, meu profundo obrigado por tudo, e sim, eu terminei no seu cabalístico número treze, como atenciosamente notou. À galerinha do Cake, que jamais irá ler isso, mas não importa, família é família. Um agradecimento à musica e ao simbolismo, elementos que me apropriei para a realização dos textos. Por fim, meu agradecimento à Dani, combustível de minhas palavras, aquela pela qual prendi minha respiração e pensamentos, the angel from my nightmare. Para alguém tão especial, dedico também toda esta parafernália poética; nada mais justo, certo?


Fazer agradecimento e dedicações após terminar algo faz parecer o que escrevi muito importante, como se finalmente tivesse finalizado uma obra histórica. Não, essa não é a intenção. De repente, só precisava constar que havia muita gente do meu lado neste período, e este reconhecimento é o mínimo que posso fazer por elas. O que fiz está longe disso. Como Almada disse, “não é auto-ajuda, apenas minha história”. Apenas mais uma história da vida, de várias que aconteceram e estão para acontecer. Vocês me ensinaram a brincar no escuro, obrigado.


Para que saibam, estou super bem, não pude evitar o fim desesperadamente depressivo da série, mas após virar a última página do livro e fechá-lo, há um novo esperando por leitura, e quem sabe o que o destino prepara? Quem sabe um livro com luzes, sorrisos e felicidade, sim? As luzes se apagaram, e muita gente esteve lá, com suas lanternas, velas e isqueiros acesos por mim. Agora que podem me enxergar, notem meu sorriso de sincera alegria e gratidão por vocês. :)


Bibs.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

XIII. Aquele Que Encerra

“It's never enough to say I love you
No, it's never enough to say I try
It's hard to believe that's there's
No way out for you and me
And it seems to be,
The story of our life”


Reprimo a dor no meu peito e, um tanto enfraquecido, desato a escrever. Não há um antídoto para este veneno, e impotente, assisto meu corpo ceder à derrota iminente. Dói-me acreditar neste intransponível muro, principalmente quando por um longo período de tempo tudo o que pude visualizar foi a vida além deste. Mas ele existe, e respiro fundo para aceitá-lo. Perdoe-me se precisei de seus óculos para tal. Entenda, não posso confiar apenas em minha mente e minha capacidade imaginativa. Pois muito aprendi e conclui; eu odeio meus devaneios.


“Nobody wins when everyone's losing”


Tão breve quanto puder ser. Tranco-me em meu universo de luz baixa, e choro por ter acreditado em mim. Tranco-me no lar da segurança, e choro por ser inseguro. Tranco-me no porão de minha mente, e choro por ver distante meu admirável troféu. Não sinto a chuva, não sinto o cheiro do paraíso, e vou à nocaute ao notar que não há - nem haverá mais - a sinestesia. E você sente a dor junto. Estamos sendo corroídos. Os móveis estão fora de lugar. O consciente sino soa, é hora de ajeitá-los.


“Oh, it's like one step forward and two steps back
No matter what I do you're always mad
And I can't change your mind.”


Planejei-me como pude para enfrentar o poético e insano “mundo furioso”. Meus objetivos estavam redirecionados ao esclarecimento. Precisava provar a importância das tentativas, mostrar que as peças da engrenagem nublada de uma mente confusa logo se encaixariam. No entanto, logo provei minha incapacidade novamente. Não há mais páginas, o livro termina com um triste fim. E não há tantas complexidades para isso, é fácil compreender o destino de um perdedor. Foi derrotado.


“Oh, it's like trying to turn around on a one way street
I can't give you what you want
And it's killing me

And I, I finally see
Maybe we're not meant to be”


Por fim, anuncio que não há palavras finais. Perderam-se no meio do cinza, perderam-se quando as luzes se apagaram. Saturo-me de lamentações, sofro uma overdose de frustração. E como gostaria de ser complementar a suas cores, ser o brilho necessário de uma noite escura sua. Porém, não representar tais funções comprime minha existência. E com uma alegria melancólica eu digo “adeus”. Peço perdão por ser uma estrela em constante queda. Então encarem meu triste olhar e façam um pedido.


“Baby I'm sorry to see,
Maybe we're not meant to be”