sábado, 28 de março de 2009

X. Daquela Questão Ambígua

“There’s a weight that’s pressing down.
Late at night you can hear the sound.
Even the noise you make when you sleep.
Can’t swim across a river so deep.”


E eis mais um fator que pode acentuar os capítulos aqui narrados: a ambigüidade. Depois do contraste e da imprecisão, é o elemento que mais define sua presença nas páginas de seu caderno negro. Já é uma questão inevitável, considerando que suas paranóias e complexos transfiguram uma saudação em uma sentença de morte. Porém, quando a ambiguidade está inerente aos atos, guiam-te ao colapso de pensamentos, e uma vez mais tudo te encaminha à insegurança.


“They know my name 'cause I told it to them,
But they don’t know where

And they don’t know when

it’s coming, oh! When It’s coming?

Keep the car running”


E quando chegará o dia que as luzes se acenderão? Já me foi proibido pensar em tempo, já me explanaram sobre sua relatividade. Mas evitar o inevitável é bobagem. Já considero impossível esquecer o tempo, ignorar a essência impaciente compactada no meu interior. Surge um momento que alguém responde minha questão. E quão ambígua vem a resposta; diz que devo me manter na estrada. E um novo colapso ocupa minha mente, afinal... devo me manter na estrada da vida, ignorando um passado recente, ou devo me manter na estrada da esperança, aguardando o telefone tocar? E como podem notar, o ciclo repetitivo também marca sua presença em meu caderno negro.


“There’s a fear I keep so deep,
Knew its name since before I could speak”

IX. De pouca significância e algumas explicações

“I am a moth
Who justs wants to share your light
I’m just an insect
Trying to get out of the night”


Dois mil degraus para alcançar o paraíso. E então, a queda livre. Há dias que você não precisa de um tema para escrever, há dias que você não precisa de um argumento para sustentar, há dias que você dispensa as indiretas. Não quero que pense sobre mim, não quero que reflita sobre minhas reflexões. Talvez eu queira me contrariar. Destaco-me em um jardim, mas ainda sou uma insignificante planta.


“You’re all I need
I’m in the middle of your picture
Lying in the reeds”


Alguns garantem que estou errado. Garantem que não há fumaça ao meu redor, que talvez minha capacidade imaginativa esteja agindo novamente, empenhando-se na criação de um universo submerso em lágrimas. Mas tenho bases. Devaneios conscientes. Pode até me dizer que os sinais positivos não irão surgir a todo instante. Mas assisto os negativos dançando sobre minha mente, em patamares onde podem me pisotear. Mas irei me erguer sobre eles. E não preciso de ferramentas. Todos sabem o que preciso.


“It’s all wrong
It’s all right
It’s all wrong
It’s all right”



Com trechos de:

terça-feira, 17 de março de 2009

VIII. Com o Contraste e a Pressão

“Looking at all or nothing
Baby it`s you and I
With you I know I am good for something
So lets go give it a try”


Permito-me apresentar a todos uma das constantes que moveu minha vida: o contraste. Por um piscar de luz, e as alegrias dos diminutivos partiam para a chegada da indiferença brutal e letal. Conformava-me saber que após as expressões inexpressivas viriam as confissões inesperadas. Listras brancas e pretas contrastaram sobre mim por tempos, e confesso que já as julguei mal. Mas hoje vejo que a indefinição cinza fere muito mais. Ainda tenho vontade de clamar pela volta do contraste, e aguardar pelo branco enquanto vivencio o negro. Tão somente mais uma vontade.


“We got our backs against the ocean
It`s just us against the world
Looking at all or nothing
Baby it`s you and I”


Nenhum argumento parece apresentar força o suficiente. O turbilhão de pensamentos ainda irá te destroir, e você sabe disso. Mas você se esforça, em busca de um detalhe, que altere a ordem artificial criada. Culpemos a ordem em um breve instante onde você não se culpa. E por um minuto tente demonstrar que vocês podem fechar a cortina ao público, em uma introspecção somente estruturada a vocês. Por uma fração de segundos, acredite que isso possa funcionar. Mas nada parece ser forte o bastante.


“Lets take a chance go far away today
And never look back again”


Com trechos de:

VII. Quanto aos Medos e Hesitações

“There's something about the look in your eyes
Something I noticed when the light was just right
It reminded me twice that I was alive
And it reminded me that you're so worth the fight”



E diante do gama de dores que possam vir a te perseguir, sabes que a dúvida agrega um dos maiores graus de crueldade. Quão desagradável é o questionamento, e veja que isso não é uma reprovação às escolhas. Mas o que menos deseja é estar atirado ao muro, com a faca em sua direção. Ser ou não ser. Esquecer ou não esquecer. Você hesita sob pressão. Mas se lembra que um dia a luz já esteve acesa, e você já pode ver o paraíso por entre os olhos de um anjo. Afirmas a si mesmo que desejas continuar. Mas a lâmina da dúvida ainda risca sua garganta.



“My biggest fear will be the rescue of me
Strange how it turns out that way”


Egoísmo seria fechar seus olhos ao retorno, ignorar as tendências não recíprocas, e fingir não compreender um lado que – por infelicidade – você não tem o comando. Mas você não é egoísta. E sem pender à promoção pessoal, confessas sobre o medo. Talvez agora compreendam sobre a insegurança, talvez compreendam sobre a desconfiança e a demora. O que sabemos sobre o tempo futuro? E uma vez mais, encontro-me na situação de imaginar que não tenho salvação.


“Could you show me dear
Something I've not seen
Something infinitely interesting”


Com trechos de: