segunda-feira, 6 de abril de 2009

XI. Da Vista Panorâmica

“Desperate for changing
Starving for truth
I'm closer to where I started
Chasing after you”


Ansioso pela sua impaciência, pressionado pelo caminhar do relógio, desesperado pela falta de respostas, questionado por sua própria mente, confuso pelo contraste, aborrecido pela indiferença, paranóico por simplesmente existir. Falar sobre o andamento não é fácil. Talvez os adjetivos digam por mim. Mas ainda questiono sobre minha [in]conveniência, ainda peço respostas ao vácuo. Ainda me vejo parado no ponto de partida. A pista pode ser circular ou não.


“Forgetting all I'm lacking
Completely incomplete
I'll take your invitation
You take all of me now...”


Mas se eu pudesse alterar as peças que me compõem, trocaria o vidro que me reveste. Tão somente pelo fato do mesmo ser transparente. Sinto-me vulnerável, principalmente perto de alguém devidamente fechado. Pois sabe tudo o que sinto, pois sabe que aceitaria quaisquer convites seus. Mas não consigo. Protejo meu peito para tentar esconder algo, mas você vai pelas costas onde tudo pode enxergar. Vulnerabilidade. E talvez injustiça, afinal onde entra o senso de retribuição na nossa história? Quem dera eu pudesse enxergar algo.


“I'm falling even more in love with you
Letting go of all I've held onto
I'm standing here until you make me move
I'm hanging by a moment here with you”


E se por acaso imaginei que a adrenalina de sentimentos pudesse diminuir após um novo golpe levado, vejo que me enganei. Ao menos analisando pelo meu lado, há apenas o crescimento. Procuro alternativas a todo instante que possa me levar ao estado desejado. Mas apenas consigo ficar parado, com medo de me mover e pisar em ratoeiras dispostas a meu redor. Dizem que é o melhor que posso fazer, que faço o correto. Mas quando “não fazer” é o melhor a se fazer, vejo problemas... esperar pode ser visto como uma dor sob algum ponto de vista. Mas eu posso fazer isso. Sim?


“I'm living for the only thing I know
I'm running and not quite sure where to go
And I don't know what I'm diving into
Just hanging by a moment here with you”


Confesso que nenhuma dor me derruba, apenas um elemento possui tal capacidade: o cinza. O cinza da indefinição. A incerteza do que fazer, para onde correr. Aguardo pela melhor opção, e descubro que continuo em constante espera. Esta traz hesitações. Um dia gritei “chega” envolvido no cinza que me matava. Mas possuo apoios, que me permitem enxergar além do painel monocromático diante de mim. E os agradeço. Continuo esperando pelo momento devido à eles. Sinto-me bem assim. Sim, eu os agradeço.


“There's nothing else to lose
There's nothing else to find
There's nothing in the world
That can change my mind
There is nothing else”

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